segunda-feira, 29 de março de 2010

HANSENIASE ESTÁ COM PROBLEMAS SERIOS


Na sessao de saude na Camara Municipal de São Paulo onde normalmente de cada tres meses o secretario da Saude comparece para prestar um relatorio sobre como anda a Saude municipal de São Paulo, nesta ultima quarta-feira, a presença da Leide Masson, coordenadora do MORHAN, foi constrangedora para as autoridades da saude e uma ovação para os hansenianos presentes e demais simpatizantes da causa porque a Leide no excasso tempo concedido pos a nu o que realmente está acontecendo com essa patologia dizendo em alto e bom som de que era melhor "fuzilar todos os hansenianos que padecem com a doença porque esse negocio de ir amputando, pouco a pouco, cada membro do corpo, era um sacrifciio doloroso de se ver". Na opinião dela a morte seria muito mais suave isso porque estava faltando remedios, assistencia, curativos adequados e o pior é que o numero de hansenianos estava crescendo declarando que o Brasil está em primeiro lugar no mundo em materia dessa doença biblica.
O Movimento - explicou a Leide - não está tendo muita força para corrigir esse disparate e em alguns postos que faziam curativos trocaram os responsaveis e mudaram as regras dificultando ainda mais o atendimento. A Leide disse que o Hospital Emilio Ribas está sendo obrigado a amputar membros dos hansenianos porque os curativos não estão sendo feitos, está faltando remedios que antes a OMS fornecia gratuitamente e que o ministro Temperão cancelou essa ajuda e também não comprou mais remedios. E num desabafo carregado de emoção a Leide ajuntou dizendo que isso não é uma politica humana para a classe que mais sofre nesse país e que no ano passado ainda quando havia a ajuda assistencial da OMS mesmo assim o pais teve um aumento significativo de hansenianos da ordem de quase 40 mil pessoas e o pior disso tudo é que está predominando as crianças. E emendou, se as crianças estão sendo contaminadas e porque tem adultos - e muitos - sem imunização que agem como agentes transmissores da doença.
E mais calmo explicou que a OMS aceita o indice de um hanseniano por cada dez mil habitantes. A India, Nepal e outros paises do tropico tinha um indice altissimo e por insistencia a OMS conseguiu, p. ex. na India baixar o indice até o ideal. O representante da OMS que cuida dessa parte de hanseniase realizou quarenta viagens a India para finalmente conseguir o resultado.A obra executada na India - continuou posso dizer que foi até um milagre porque aquele páis tem uma população de aproximadamente um bilhão e trezentos milhões de habitantes enquanto nos temos apenas duzentos e pouco milhões. E nos aqui no Brasil temos um indice, segundo o ultimo resultado publicado pelos orgãos sanitarios, uma media de 50 hansenianos por cada dez mil habitantes.
Ela entende que a saude depende essencialmente do SUS, da esfera federal, porém as autoridades de saude, seja municipal, estadual, tem que propor uma solução porque não podemos continuar amputando, todos os dias, os membros dos hansenianos ou regredimos e voltamos para as concentrações, isto é colonias fechadas habitadas somente pelos hansenianos como antigamente existia.
E contou que a Igreja Catolica (não especificou o lugar) recebeu de doação um terreno de oito mil metros quadrados onde irá construir a igreja e ao lado, no terreno que sobrar poderá construir uma habitação somente para os hansenianos. Ela disse que uma noticia dessas torna-se motivadora porém isso significa regressão no tempo, de volta a antigamente em que o hanseniano era temido porque se não houve imunização o mal de hansem é facilmente transmitido.
Declarou também que o Posto Ceci que fica na avenida Ceci, no bairro Jabaquara oferecia um serviço razoavel de curativos e no caso de hansenianos o curativo é especial, sendo que cada caso é um caso, mas havendo casos que demora até sete horas para serviço completo e agora mudou a responsavel e o nivel de atendimento caiu. Voces devem saber - que se o serviço de curativo não for bem feito - só resta uma solução: amputação!Na foto a Leide Massom ao lado da Amelia Yocico Arakaki.

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