Mark Valentine, presidente da Convatec americana, esteve em visita a Associação dos Ostomizados do Estado de São Paulo, sendo recebido pelo voluntario da entidade Clovis Seigo Arasato em virtude da Amelia Yocico Arakaki estar doente e ausente portanto. Valentine veio acompanhado de Alexandre M. Flaith, vice-presidente e general manager Latin America, e Fernando Gallo, diretor geral da Convatec do Brasil, mais conhecido como BMD e Bruno Pinheiro, gerente de vendas de São Paulo.
A visita do presidente da Convatec veio em boa hora porque nos dá oportunidade para levantar alguns problemas que precisam ser corrigidos tudo no bom termo porque como foi aventado no breve dialogo travado na visita, distribuir bolsas num país tão extenso e com demografia variada não é facil. Mais dificil ainda quando se lembra que num estado como Tocantins o numero de ostomizados é pouco e a distancia entre um e outro são quilometros. Como montar um polo? Como assistir a população, aliás não é nem população, individuos deficientes que lavram terras, criam animais (gados) em locais de desamparo total?Mas tem um outro item que é a variedade dos equipamentos dos ostomizados.
Uma metropole como São Paulo a ata registra 174 itens, desde pequenos filtros até placas de resina afora os curativos apropriados para ostomia. O numero de medicos especializados em coloproctor varia de 1.600 a 2.000 espalhados pelo Brasil? Não. Estão mais concentrados em grandes cidades. E enfas. estomaterapeutas? É a mesma coisa.
Pois bem, tem cidades, muitas cidades que só fornecem bolsas recortaveis e drenavel, enquanto em São Paulo usa-se bolsas com placas moldaveis, bolsas SenSura, New Image e outras. Os laboratorios são organizados, muitas vezes até melhores do que alguns polos de saude porque oferecem enfas. estomaterapeutas, psicologos, assistentes sociais, nutricionitas, etc.
E o sistema de fornecimento?Seja o Estado ou Municipio ou Comarca ou qualquer cidadezinha, a lei obriga licitações, pregões, etc. que é o sistema democratico, mas de firmas varejistas que muitas vezes não tem estoque suficiente para fornecimento. E isso está acontecendo. Conheci um representante de laboratorio que me disse que coordenava uma area até bastante extensa e então perguntei se a cidade tal adquiria da sua representada e ele não soube dizer de quem a secretaria da Saude comprava. Resultado, reuniões para entrega de material, desculpe, não chega ser material, apenas bolsa recortavel e drenavel são adiadas porque o pequeno comerciante não tem quantidade suficiente.
O jornal da AOESP tem contactos com Pernambuco que só tem dois polos de dispensação de bolsas, a capital e Caruaru. Maranhão somente em São Luiz. Pará, só em Belem. Amazonas, só em Manaus. Mato Grosso, só em Cuiabá e Sinop. Bahia, só em Salvador, mas ouvi dizer que tem mais polos e se for verdade então a associação Abo-Abo está deslanchando. Paraiba, apenas um enquanto no sul, p. ex. Santa Catarina tem dezoito polos, o Paraná outro tanto e São Paulo nem se fala. E estamos sugerindo simposios, capacitações já que um curso de pos-graduação é dificilimo, até aqui em São Paulo as enfas. são obrigadas a frequentar nas sextas e sabados durante quinze meses enquanto a USP capacita em tres meses mas aulas diarias; e workshops, dando assim oportunidade para os laboratorios mostrarem que existem outros tipos de bolsas, outros equipamentos, etc.
E voltando ao tema inicial, nos os ostomizados brasileiros precisamos de progresso, precisamos de visita de gente importante como Mark Valentine, afinal nos temos muito mais do que cem mil ostomizados e logo, se a desgraça for pouca, alcançaremos os EUA que tem 750 mil cadastrados
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