HANSENIANOS SEM FESTA DE NATAL

Leide Masson, coordenadora do MORHAN em São Paulo,fez severas criticas contra a diretora Susana Rosseto, da Unidade de Especialidade "Dr. Alexandre Kalil Yazbek, mais conhecido como o posto Ceci localizado na avenida Ceci onde os hansenianos recebem curativos e outros tratamentos. Se o tratamento for tardio e exigir amputação são enviados ao Hospital Emilio Ribas. A Leide citou também o nome de Helena Zaio, coordenadora da região sudeste de saude, da Prefeitura Municipal de São Paulo. Todos nos sabemos que a saude municipal não anda bem das pernas, porem, continua a Leide, deixar os hansenianos sem os festejos natalinos é realmente não dar valor humanitario a quem mais precisa, pois a diretora mandou quebrar todos os pisos para que a festa não fosse realizada e nem procurou avisar a comissão, que sem nada saber mandou preparar o break fast bastante farto porque é grande o numero de hansenianos inscritos neste posto. Somente - continua Leide - chegaram ao local perceberam que nao havia espaço nenhum para a reunião festiva e no final toda a comida foi doada para uma creche da região. Todos sabem que os hansenianos, muitos deles tem dificuldade na locomoção e os elevadores que servem tres pisos do posto encontram-se quebrados e abandonados e tanto a diretoria como a coordenadora não tomam nenhuma providencia. A Leide Masson é uma guerreira solitaria todos os dias buscando a ajuda dos promotores de deficiencia, corre para a Camara Municipal atraz dos membros da comissão de saude formada pela edilidade, participa das reuniões semanais do secretario da saude da municipalidade que realiza na propria Camara porém sem resultado que favoreça os hansenianos.
A amputação de membros dos hansenianos continua porque o mal de hansem continua ativo para aqueles que não buscam tratamento e imunização e o controle é bastante dificil porque o hanseniano uma vez confirmada a doença ele se refugia, foge da sociedade e de qualquer divulgação. Atualmente mesmo sabendo que existe a completa imunização e que o hanseniano que estiver se livrado da doença não oferece nenhum perigo de contaminação podendo exercer qualquer atividade, no entanto, conforme declarou a doutora Ana, promotora dos deficientes numa palestra há um forte estigma marcando mesmo os ex-hansenianos porque o popular pensa, na duvida fiquemos longe.
A luta em que se empenha a Leide é realmente heroica num pais como o nosso e mesmo integrando um Movimentode Recuperação como a MORHAN os resultados demoram a aparecer e enquanto isso em algumas regiões longe de diminuir a sua incidencia acaba aumentando.
E de tudo isso falhar a colaboração das autoridades como no caso da Ceci, no dizer da Leide, o problema transborda os limites da aceitabilidade.
Na foto a Akiko, ex-candidata a deputado federal e a Leide Massom coordenadora do movimento hanseniano.