domingo, 10 de julho de 2011

MORHAN CONTESTA A CISÃO

Artur Custodio Moreira de Souza, coordenador nacional do Movimento de Reabilitação dos Hansenianos, em e-mail enviado ao blog disse que "não houve cisão" do movimento com a coordenadora da secção Jabaquara, de São Paulo, Capital. Ele explica que o nucleo foi suspenso por não seguir a hierarquia do Movimento e tomar atitudes que pode prejudicar o coletivo. A Suspensão pedia que o nucleo se reunisse com outras instancias e o mesmo preferiu se dissolver. Nenhuma palavra de lamento, nenhuma ação conciliatoria, nenhuma condição para reversão do que está acontecendo com o nucleo Jabaquara, mais exatamente com a sua coordenadora, agora ex, Leide Masson, muito conhecida nos meios hansenianos, ex-hanseniana imunizada graças a ação do coquetel PQT, batalhadora pelas causas desde há longo tempo.
A nossa luta, quer seja da hanseniase, quer seja dos ostomizados, sempre foi a favor da coletividade, objetivo mor, buscando uma qualidade de vida melhor. Nos temos a copia do e-mail enviado por Artur a Leide mas a razão propriamente dita para que ocorresse a suspensão não ficou muito clara e a Leide, num impeto de insatisfação, resolveu realmente encerrar o seu trabalho na secção Jabaquara. Tanto a decisão tomada pelo coordenador nacional como pela coordenadora de uma secção em São Paulo não favorece e nem beneficia os hansenianos. A saida da Leide sem aceitar a reunião preconizada pelo Artur de forma intempestiva prejudica não somente os hansenianos como também todos os que procuravam direta ou indiretamente colaborar no nobre trabalho que vinha sendo desenvolvido pela coordenadora.
Quantas reuniões foram feitas com a presença de membros da comissão de saude da Prefeitura de São Paulo, ressaltando sempre o esforço do vereador Milton Ferreira, medico de profissão, para a continuidade dos trabalhos de curativo que são feitos no bairro do Jabaquara. A propria Leide acompanhou o representante da OMS, Sassakawa, quando ele esteve em visita ao Brasil para tomar ciencia de como andava a situação dos hansenianos de cujo resultado ficou muito a desejar porque o indice aceitavel pela OMS de um hanseniano para cada dez mil habitantes nunca foi alcançado pelo Brasil enquanto paises como Nepal e India conseguiram a media. Então é inegavel o trabalho idealistico que vinha sendo desenvolvido pela Leide Masson em proveito dos hansenianos, porque estes estão divididos em duas alas, daqueles que conseguiram imunizar-se bem no começo da doença de tal forma que não sofreram sequelas nenhuma e de outro lado os que desgraçadamente deixaram a doença progredir, retardaram-se no tratamento e aconteceu o inevitavel, amputação de membros, sequelas no rosto, etc. Estes vivem longe do publico em geral.
E já que ambos radicalarizaram-se em suas posições, naturalmente em detrimento do objetivo maior que é a assistencia aos hansenianos, gostariamos de saber as diretrizes que norteiam a coordenadoria nacional e que posição a Leide Masson tomará daqui para frente. A verdade é que não estamos vendo um trabalho eficiente de reabilitação dos hansenianos como também não temos dados atualizados de como anda a hanseniase ativa no Brasil. O ultimo dado oficial que foi divulgado data de anos e declara que houve aumento de hansenianos ativos, que não foram imunizados.

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